sábado, 3 de outubro de 2009

SOFRIMENTO

Não há paz;
Não tenho paz;
Não vejo paz,
Nem sinto paz.

Lutei quando rapaz,
Julgando ser capaz
De possuir altivez
Pra trazer a paz.

Extinguiram-se amigos,
Sobreviveram inimigos.
Heróis só na estátua,
Familiares na lembrança.

Gritos de júbilo,
Pairando na imaginação.
Choros sem melodia
Eram de dor e contrição.

Correram rios de sangue;
No azul via-se importância.
Mas, gente minha toda ela foi
Gente de pouca importância,

Porque se lhes levou a vida
Ante tal via atrevida,
Cuja umidade em sangue
Avistamos sem imunidade.