segunda-feira, 27 de julho de 2009

EU VOU CONTIGO

Cansei-me de esperar por tal amor;
Raras vezes trataste-me como flor;
Isso é sinónimo que não valho nada,
Só desamores recebo e mais nada.
Tó tentando te esquecer, confesso!
Ontem, fiz as malas, tó de regresso.

É... Não me peça, não! Ficar? Jamais!

Pra aquele lugar tranquilo me vou
E lá permanecerei; lá chove d’amor,
Respeito, canções de variado sabor.
Disso não resta dúvida, lá há Amor.
Ãinda te garanto a ti que ficas por cá,
O amor de cá não é tal com’ o de lá.

“É... Cidade, alarido... Meditar, nada!”

Grandes são os que meditar amam;
Rios do Amor terão... O conhecerão...
Amarão mais... Terão mais coração,
Çonsciência disso a maioria detém.
Ah, não serei mais um, eu vou contigo!”

sábado, 25 de julho de 2009

AS MULHERES DO RANGEL

As mulheres do Rangel
São podres de formosura;
São lindas, não há censura;
São musas, nada incrível!

São mulheres fulgentes
De olhos, diamantes;
Corações, mulembas[1];
Casamentos, palmeiras...

São amores liricais
De carinho, acácia;
De atenção, Palanca[2];
De indultos clericais...

Aiué! Mulher do meu Rangel,
És dama singular, és internacional!



[1] Grandes figueiras angolanas, que são, consuetudinariamente, plantadas nos quintais, onde, aos fins de semana, as famílias têm o costume de se deleitar após ao almoço.
[2] Palanca Negra: antílope elegante, somente existente em Angola, e que serve como cognome da seleção nacional de futebol.